O Turismo Cultural e Religioso reúne em território nacional um fortíssimo potencial de expansão, sendo prioritário orientar em termos estratégicos e operacionais a sua consolidação como produto turístico.
A valorização da profunda herança cultural e raízes identitárias regionais e locais, acrescida da organização em rede dos recursos patrimoniais de índole histórico-arqueológica, arquitectónica, vernacular ou paisagística, constitui o factor-chave de diferenciação da oferta turística nacional.
A experiência de peregrinação acumula, na actualidade, significados e dimensões várias, extrapolando a sua matriz religiosa e espiritual original. Na verdade, as antigas vias de peregrinação definem-se hoje como percursos de cultura, lazer e aventura, oferecendo uma visão alternativa do território.
As dinâmicas emergentes do Turismo Cultural e Religioso, na sua interrelação com o desenvolvimento territorial, estarão no centro da discussão e reflexão das presentes jornadas, pretendendo-se diagnosticar oportunidades, compreender os processos socioeconómicos correlacionados, apontar caminhos alternativos, analisar tendências, realçar experiências de sucesso, enfim mobilizar os múltiplos actores envolvidos na afirmação de um produto que se pretende de excelência.
Programa
6 de Novembro I ISMAI
A oferta turística no segmento histórico-cultural centra-se em recursos enraizados na identidade dos territórios destino. São numerosos os casos de potencial latente, cuja descoberta enquanto produto turístico carece de um diagnóstico perspicaz da diversidade de recursos endógenos, da sua organização em rede e promoção. Simultaneamente, multiplicam-se os exemplos de experiências bem sucedidas de aliança entre a expansão turística, o marketing territorial e a valorização dos valores patrimoniais locais.
6 de Novembro I ISMAI
Os caminhos de peregrinação herdados de épocas mais ou menos remotas constituem um legado histórico, cultural e simbólico, que transcende a esfera da experiência religiosa individual ou colectiva. Na actualidade, assiste-se a um esforço de recuperação das antigas vias de peregrinação, seja do ponto de vista de redescoberta do seu traçado original, seja da revitalização da sua vivência sob novas perspectivas, designadamente enquanto guias de interpretação e vivência cultural e lúdica do território.
7 de Novembro | Ponte de Lima
A organização dos recursos patrimoniais em rede é a opção estratégica europeia para a promoção de sinergias entre a qualificação da oferta turística e o desenvolvimento regional. A integração entre património edificado, herança cultural e valores ambientais e paisagísticos, ultrapassando divisões administrativas e obstáculos à cooperação institucional pública e privada, é a fórmula para a concepção de produtos turísticos fortes no segmento cultural e paisagístico, indo ao encontro da sua crescente procura à escala mundial.